sexta-feira

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

Segundo o que cita a Enciclopédia Barsa, “o nascimento da tecnologia não pode ser dissociado do próprio surgimento do homem no Planeta” (v.14, p.13), pois o uso de pedras, ossos, couro, madeira utilizados pelo homem de Neandertal, já apresentava certo grau de especialização que vinha auxiliá-lo em sua sobrevivência, na superação das dificuldades quanto os desafios climáticos, de alimentação e do ataque de animais. Desta forma, o surgimento das técnicas de fiação, tecelagem, da fabricação de tijolos, da fermentação da bebida como a cerveja, a prática da fundição de metais, o emprego de veículos de roda, a fabricação de embarcações a vela, entre outros, surgiram conforme as necessidades de cada tribo ou sociedade. Portanto,a presença da tecnologia e suas inovações, está diretamente ligada às necessidades de sobrevivência nos diversos períodos da história da humanidade, transformando o comportamento individual e social.
Assim, como em todos os setores da sociedade, a tecnologia esta presente também no setor educacional. Ao falarmos em tecnologia educacional, devemos nos situar nos primeiros primórdios da educação sistematizada, onde já eram utilizadas diversas tecnologias como a do giz e do quadro negro, as lousas feitas de pedra-ardósia; usa-se a tecnologia do livro didático, do caderno, do lápis de escrever entre tantos outros. A tecnologia educacional reflete sobre a aplicação de técnicas para a solução de problemas educativos. Ela procura controlar o sistema de ensino-aprendizagem como aspecto central e a garantia de qualidade, preocupando-se em adequar as técnicas às necessidades e à realidade dos educandos. Assim sendo, podemos definir como tecnologias educacionais todos os recursos que permitem enriquecer a arte de ensinar.
Com o avanço das tecnologias cada vez mais sofisticadas para atender as profundas mudanças em todas as dimensões da nossa vida, surgem às novas tecnologias como a televisão, vídeo, aparelhos de DVD, computadores, telefones, rede de internet, aparelhos de celular, que têm transformado todas as organizações contemporâneas, inclusive a escola.
Com o surgimento das novas tecnologias da informação e da comunicação, nos faz repensar o processo ensino-aprendizagem. O ensino restrito à sala de aula, pressupondo o domínio pelo professor de uma determinada disciplina ou área do conhecimento, avança na direção de um processo aberto de aprendizagem em que os participantes têm oportunidades quase infinitas de acessar bases de informações e experiências que surgem de todas as partes do mundo pela rede informatizada de comunicações.
Segundo MORAN1:

as tecnologias permitem um novo encantamento na escola,ao abrir suas paredes e possibilitar que os alunos conversem e pesquisem com outros alunos da mesma cidade,país ou exterior, no seu próprio ritmo. O mesmo acontece com os professores. Os trabalhos de pesquisa podem ser compartilhados por outros colegas e divulgados instantaneamente na rede para quem quiser. Alunos e professores encontram inúmeras bibliotecas eletrônicas, revistas on line, com muitos textos, imagens e sons, que facilitam a tarefa de preparar as aulas, fazer trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes para apresentação. O professor pode estar mais próximo do aluno. Pode receber mensagens com dúvidas, pode passar informações complementares para determinados alunos, pode adaptar a sua aula para o ritmo de cada aluno. Pode procurar ajuda em outros colegas sobre problemas que surgem, novos programas para a sua área de conhecimento. O processo de ensino aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo, inovação e poder de comunicação.

Muitos professores ainda não perceberam que o uso das tecnologias na educação, para apresentar resultados positivos, precisa estar associado a uma metodologia adequada. Não podemos encará-las como um remédio que irá resolver todos os problemas da educação escolar, nem apenas juntar as novas tecnologias com a educação, mas sim integrá-las entre si e a prática pedagógica. Elas não substituem o professor, mas proporciona modificar as suas funções como tarefa de repassar informações para a tarefa de mediador e facilitador da aprendizagem, estimulando a curiosidade do aluno para querer conhecer, pesquisar, buscar informações mais relevantes. O professor proporciona ao aluno a possibilidade de questionar resultados obtidos,contextualizar os dados apresentados, transformar as informações em conhecimento, respeitando as dificuldades e tempo de aprendizagem de cada educando.
Quanto ao desenvolvimento humano e sobre o conhecimento, MORIN2 descreve que:

Existem condições bioantropológicas( as aptidões do cérebro/mente humana), condições socioculturais ( a cultura aberta, que permite diálogos e troca de idéias) e condições noológicas ( as teorias abertas) que permitem verdadeiras interrogações, sobre o homem e sobre o próprio conhecimento.

Neste sentido, não podemos ficar fechados em uma sala de aula, atrelados ao quadro, giz e apenas aos livros didáticos na aquisição do conhecimento se quisermos o desenvolvimento tanto intelectual, quanto social e psicológico do nosso educando, mas proporcionar condições para interagir com o meio em que vive conhecedor do que acontece no mundo e em sua realidade. Os meio tecnológicos da informação e comunicação permitem a interação e o conhecimento produzido por ele. Quanto maior o número de interações nosso educando tiver em busca do conhecimento, melhores condições de aprendizagem. Desta forma o aluno deixa de ser apenas receptor de informações para se tornar responsável pela aquisição de seu conhecimento, porque lhe é dada à liberdade de trabalhar, embora de forma direcionada/planejada,com conteúdos que estejam em sintonia com seus interesses e necessidades.

OBSERVAÇÃO: Este texto teve como fonte de pesquisa a Monografia sobre “O USO DA TECONOLOGIA DA INFORMÁTICA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM”.

Autora: Nair Aparecida Venturi Sachetti/Agosto/2007

Um comentário:

Rosimeire disse...

Ficou dez seu texto no BLOG, parabéns!!!Beijos da Rosimeire